terça-feira, 9 de março de 2010

Pelourinho de Murça



Levantando sobre a praça do município, este marco de pedra significava o domínio do povo sobre o território do concelho. O actual pelourinho data do séc. XVI.
No terço inferior do fuste está engastada uma argola, que, antigamente, diziam, ser a expiação do crime. Simples, elegante e bem conservado, o pelourinho de Murça é uma obra de arte apreciável. Por esse motivo foi considerado monumento nacional por decreto de 16 de Junho de 1910.
Símbolo maior da autonomia e do poder municipais, o pelourinho remonta ao séc. XVI, centúria em que Murça obteve, em 1512, novo foral (1469-1521), depois de lhe ter sido concedido o primeiro em 1224, por D. Sancho II (1209-1248), renovado por D. Afonso III(1210-1279) e, mais tarde, por D. Dinis (1261-1325), sendo, por conseguinte, plausível que Murça tivesse sido anteriormente dotada de um pelourinho, do qual não remanescerão quaisquer vestígios. Não obstante, o pelourinho que hoje observamos no centro principal da Vila, fronteira aos seus mais relevantes edifícios, casos do actual edifício da Câmara Municipal, dos antigos Passos do Concelho e da Igreja Matriz, na qual se erguem belas residências senhoriais, é formado por coluna em cordão (com argola de ferro ao meio) assente directamente sobre soco constituído por sete degraus, com capitel ostentando o brasão de D. Manuel I e as armas dos donatários de Murça, os Guedes, sobrepujado por triplo remate com cinco colunas de pequenas dimensões de igual modo facetadas em cordão.


Raquel Correia nº 15 T+ e Patrícia Rebelo nº 14 T+

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