quarta-feira, 15 de junho de 2011

Testemunho - A HISTÓRIA DO MEU AVÔ

A minha mãe costuma dizer-me:
"Quando, devido à situação económica do nosso País, oiço dizer que o que era preciso para “isto” endireitar era vir novamente o regime de Salazar, arrepio-me e penso logo que estas pessoas nunca tiveram familiares directos nas prisões, nessa época."
Quando lhe pergunto se o que sabe foi o meu avô que lhe contou, ela diz:
"Tudo o que sei, foi o que fui juntando de conversas que tinha com o meu pai, pois ele não gostava de falar do que se passou na prisão.
Sendo jovem idealista, curioso por saber tudo o que poderia existir no mundo, não tendo ido à tropa por falta de peso, depressa se juntou a um grupo de amigos que comungavam os mesmos ideais de justiça e igualdade. Em casa de um vizinho desenvolveu a primeira biblioteca de Murça. Clandestina, ela tinha os livros censurados pelo governo de Salazar. Era nessa casa que se lia e se fazia a troca de livros que nunca percebi como é que o meu pai os arranjava. Para entender melhor é preciso esclarecer que a maior parte do clero apoiava o regime e ajudavam o mesmo através de denúncias. Um dia, o meu pai estava em casa e aparece a PIDE. A casa é revistada e encontram o livro “A Mãe” do Máximo Gorki, escritor Russo, que só pela sua descendência já não podia ser lido nem divulgado. O meu pai foi levado preso e era-lhe exigido que denunciasse o dono do livro. O meu pai recusou sempre e, um dia, disse-me, “nunca o faria mas, mais a mais, o dono era casado e tinha filhos para criar”.
Quanto tempo esteve o meu avô na prisão? Perguntei-lhe.
"Durante um mês foi sujeito a várias situações mas uma que me conseguiu marcar foi quando me disse que os guardas apagavam as beatas dos cigarros nos pratos de arroz que eles tinham que comer. Como não conseguiram que denunciasse o dono do livro e devido às influências que o meu avô tinha na altura, ele foi libertado mas convidado a sair de Portugal. Foi nessa altura que ele arranjou uma carta de chamada e foi trabalhar para o cartório notarial de Luanda pois nesse tempo possuía o 5º Ano Comercial e Industrial. Como nunca gostou de se sentir preso entre quatro paredes, embarcou na aventura. Vai para Moçambique, onde foi um comerciante, criador de gado e cultivador de algodão".
Eu, como não percebi bem, perguntei-lhe por quem tinha sido ele denunciado.
"Ele foi denunciado por um Padre que sabia que o livro na posse do meu pai não era dele mas de um seu sobrinho".
A minha mãe informou-me, ainda, de que a Biblioteca Municipal possui a obra completa do Máximo Gorki, pois fez questão de doar os livros do meu avô para o grande sonho dele, que era Uma Biblioteca Pública em Murça. Segundo ela, o meu avô dizia que os livros nunca deveriam ficar muito tempo em casa de ninguém pois eles devem estar ao dispor da comunidade. Até à hora da sua morte, os livros e os jornais coabitavam com ele à sua mesa. Esta é uma das muitas recordações da minha mãe.

Francisco Borges - 6ºA

sexta-feira, 10 de junho de 2011

GRUPO DE MÚSICAS E CANTARES - 6º B



O Grupo de Músicas e Cantares Tradicionais do 6º B fez a sua apresentação de estreia no dia 13 de Junho, actuando no Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia, Unidade de Cuidados Continuados de média e longa duração de Murça e na Escola Básica e Secundária. A criação deste grupo insere-se no projecto desenvolvido em Área de Projecto "Património musical e etnográfico do Concelho de Murça" e contou com a colaboração da disciplina de Educação Musical. O projecto consistiu na recolha e organização de dados sobre o património etnográfico e musical da região, bem como de instrumentos musicais que estiveram patentes numa exposição que decorreu na BE/CRE da Escola.
O grupo é constituído por todos os alunos da turma do 6º B sob a orientação da professora Edite Coelho. Conta ainda com a participação do Nicola Scalise do 6º C, no bombo.
O grupo voltará a actuar no dia 17 de Junho, na quarta edição do festival da canção infantil do Concelho de Murça, pelas 21H00 , que se vai realizar na Praceta Banda Marcial de Murça, no Jardim de S. Miguel..

domingo, 15 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Militão Bessa Ribeiro

Nascido em Murça (Trás-os-Montes) em 13 de Agosto de 1896, Militão Bessa Ribeiro viveu os primeiros anos da sua actividade política no Brasil para onde emigrou com 13 anos de idade. Aí, foi militante do Partido Comunista Brasileiro, razão pela qual viria a ser expulso do país. Regressado a Portugal retomou a actividade revolucionária como membro do Partido Comunista Português.Foi preso pela primeira vez em 13 de Julho de 1934 e julgado e condenado pelo Tribunal Militar Especial a doze meses de prisão correccional. Em 8 de Junho de 1935, a cerca de um mês de terminar a pena a que fora condenado, foi deportado para Angra do Heroísmo. Ali permaneceu até 23 de Outubro de 1936 (muito para além do cumprimento da pena) data em que com Bento Gonçalves e Sérgio Vilarigues, entre outros - embarcou no navio Luanda com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal. Libertado em 15 de Julho de 1940 (cinco anos após ter cumprido a pena a que fora condenado) retomou a actividade partidária tendo participado activamente na reorganização de 1940/1941; processo que viria a ter profundas e positivas repercussões no funcionamento, na actividade e na influência do PCP. Por essa altura, Militão passa a integrar o Secretariado do Partido, o mais importante organismo de direcção então existente.Preso novamente em 22 de Novembro de 1942 é condenado a 4 anos de prisão e enviado, pela segunda vez, para o Campo da Morte Lenta. Permanece no Tarrafal até 16 de Novembro de 1945, altura em que é libertado por efeito da amnistia que Salazar foi forçado a conceder, cedendo à pressão exercida pelas forças democráticas na sequência da derrota do nazi-fascismo. Em 25 de Março de 1949 é preso, juntamente com Álvaro Cunhal e Sofia Ferreira, e enviado para a Penitenciária de Lisboa onde viria a morrer, em total isolamento e sujeito às mais bárbaras e desumanas condições. Na primeira página do Avante! de Janeiro de 1950 (VI Série Nº 146) podia ler-se: «Mais um crime do governo Salazarista! Mataram Militão Ribeiro! Que todo o povo proteste contra mais este crime!».A notícia, para além de informar que «Militão Ribeiro morreu, depois duma lenta agonia, numa cela sem ar e sem luz da Penitenciária de Lisboa, no passado 3 de Janeiro» - e sublinhando que «o nome de Militão vai juntar-se aos de Bento Gonçalves, Alfredo Dinis, Alfredo Caldeira, Manuel Vieira Tomé, Ferreira Soares, Ferreira Marquês, Germano Vidigal, Mário Castelhano e dezenas e dezenas de outras vítimas do fascismo português» - descrevia as condições que conduziram à morte do dirigente comunista: os espancamentos e as torturas, a alimentação imprópria, a ausência de assistência médica. O Avante! transcrevia, ainda, uma das duas cartas dirigidas ao Partido que Militão conseguira fazer sair da prisão, a última das quais escrita com o seu próprio sangue.Trata-se de dois documentos impressionantes, testemunhos eloquentes da brutalidade fascista, testemunhos vibrantes da firmeza e da coragem heróica do militante comunista Militão Ribeiro.«Tenho sofrido o que um ser humano pode sofrer. Mas (...) nunca deixei de ter fé na nossa causa. Sei que venceremos contra todos estes crimes, estou certo que o povo saberá fazer justiça. Na polícia recusei-me a fazer declarações sobre o Partido. Desde sempre mantive a disposição de dar a vida pelo Partido, em todas as circunstâncias, assim como agora andou duma forma horrível e cheia de sofrimentos. Mesmo já quase um cadáver ainda foi esbofeteado por um agente (...)Tenho confiança que sabereis vencer todos os obstáculos e levar o povo à vitória, mantendo essa disciplina e controle severo de uns sobre os outros, em trabalho colectivo, como vínhamos fazendo e aperfeiçoando. Felizes os que vêm novos ao Partido e o encontram a trabalhar assim muito teria para dizer, mas as forças faltam-me. Fiz tudo o que pude pelo Partido, bem ou mal, foi sempre julgando que fazia o melhor. Adeus para todos com um abraço fraternal. Longa vida, longa liberdade, boa saúde e bom trabalho. Avante até à vitória final.»E, escrito com o próprio sangue: «Que a minha morte traga novos combatentes à luta. Viva o Partido Comunista!».

Pesquisa de Eduardo Trigo, 6º ano

Humberto Delgado

Humberto Delgado chegou ao mundo no dia 15 de Maio de 1906, em São Simão da Brogueira, Torres Novas, e foi no seu tempo, o mais novo e um dos mais brilhantes generais das Forças Armadas Portuguesas. No seu percurso militar teve uma magnífica carreira, cheia de incidentes e coberta de muita glória. Conviveu, quer com a chefia de Sidónio Pais, quer com a ditadura Salazarista que, mais tarde, o demitiria das Forças Armadas. Foi um extraordinário militar, astuto e exímio político e escritor. Frequentou o Colégio Militar, cujo curso concluiu em 1922, ingressando na Escola Militar, onde tirou os cursos de Artilharia de Campanha, em 1925; de Piloto-Aviador, em 1928 e de Estado-Maior, em 1936. Foi promovido ao posto de brigadeiro em 1946 e ao de general em 1947.
Foi um escritor de génio, dentro da sua convicção e no gosto que tinha na verdade e no perfeito cumprimento dos deveres como cidadão e como político. De entre os seus escritos, destacam-se os livros tão polémicos "Da pulhice do Homo Sapiens" e o "Manual da Legião Portuguesa".
Embora tivesse servido a Ditadura em alguns cargos, vindo da América, onde desempenhou o lugar de adido militar, opôs-se corajosamente à Ditadura e a Salazar, já que pela vivência e pelas fortes convicções se converteu à Democracia política e, nas eleições presidenciais de 1958, sendo general da aeronáutica se candidatou, pela oposição, tendo contestado os resultados eleitorais que, fraudulentamente, deram a vitória ao almirante Américo Tomás. Demitido das Forças Armadas encabeçou, no estrangeiro, o movimento de oposição ao governo português. Trabalhou muito no estrangeiro, no campo político e na tentativa de modificar as coisas no seu País. O exílio, porém, é do mais dramático que se pode viver e foi uma vítima de privações, de intolerâncias, de perseguições e, finalmente, de uma armadilha sabiamente montada pela PIDE, que o conduziu à fronteira portuguesa, perto de Badajoz, em Vila nova del Fresno, onde em 1965 foi assassinado, por ordem da Ditadura, assim como a sua fiel secretária, a brasileira Moreira Campos.

Pesquisa de Eduardo Trigo 6º ano

terça-feira, 5 de abril de 2011

Testemunho da guerra colonial

Quando na aula de História e Geografia de Portugal falámos da guerra colonial, despertou-me logo a atenção, porque era um tema do qual eu já tinha ouvido falar na minha família, pois o meu avô paterno e os meus tios Álvaro e Paulo, estiveram na tão falada guerra. Na altura não dei muita importância mas agora, com o desenvolvimento do tema, tive curiosidade de saber como foi, uma vez que este é dos poucos assuntos que fazem parte da nossa história, onde ainda podemos encontrar testemunhos vivos. Por isso, achei muito interessante tentar saber mais, pelo que fiz uma entrevista ao meu tio Álvaro, que dos três é aquele que tem mais memórias e até fotografias sobre o tema.


A seguir, apresento a entrevista que realizei, com algumas ilustrações fotográficas, onde o meu tio é interveniente.

-Olá tio! Bom dia.


R:Bom dia Francisco.


-Em que ano foi para a tropa?


R: Fui no ano de 1966.


-Para onde foi?


R: Fui para o centro de recrutas de Vila Real e depois para Chaves.


-Em que ano foi para a guerra colonial?


R: Foi também em Setembro de 1966, depois de ter assentado praça.


-Quanto tempo demorou a viagem?


R: A viagem demorou 24 dias.


-Em que sitio esteve?


R: Estive em Moçambique.


-Que condições encontrou quando lá chegou?


R: As condições eram más, as barracas onde vivíamos eram muito velhas, as camas eram muito fracas, mas com o passar do tempo, habituamo-nos.

-O que comiam e como viviam?


R: Vivíamos em condições muito deficientes, a comíamos à base de conservas, e pão que nós próprios cozíamos num forno que havia na nossa base.


-Que tipo de tarefas tinham que fazer?

R: Tínhamos que guardar o quartel e quando íamos para o mato fazíamos vigias.

- Quando iam para a frente de combate o que faziam, e qual era o estado de espírito?


R: Contra atacávamos o inimigo e o estado de espírito era pensar que não nos acontecesse o pior, e sempre que regressávamos à base, para mim já era uma vitória.


-Chegou a perder algum amigo em combate?


R: Perdi três grandes amigos.

-Quando o tio estava de vigia tiveram algum ataque surpresa?


R: Não, nunca tivemos nenhum ataque surpresa.


- Quando iam para o mato, onde dormiam e como se abrigavam?


R: Em abrigos construídos por nós e dormíamos no chão, quando dormíamos, porque tínhamos que estar alerta.


-Durante o tempo que esteve lá, escrevia muitas vezes?


R: Nunca escrevi porque não tinha papel, apenas mandei um postal com a minha fotografia no primeiro Natal que passei lá, foi muito difícil.


-Os jornais e a rádio davam muitas notícias da guerra?


R: Não, porque nós não tínhamos acesso aos meios de comunicação.


-Qual era o armamento que utilizava, para combate e defesa?


R: Era a G.3.


-Acha que sofre de stress de guerra?


R: Felizmente acho que não.


-Como se chamava a sua companhia?


R: Companhia de caçadores 1797.


-Qual era o pelotão?


R: Era o 3º pelotão, 3º grupo de combate “o Rangers”.


-Quando regressou, encontrou algum familiar à sua espera?


R: Sim estava o meu irmão e a minha cunhada, foi um momento de grande emoção, onde agradeci a Deus por ter regressado, são e salvo.


-Obrigado tio, por me ter ajudado a perceber como era o dia a dia de um militar na guerra colonial.


Aqui ficam mais algumas fotografias que ilustram o dia a dia das nossa tropas nas ex-colónias:




E no fim de tudo isto, podemos mesmo afirmar que: houve amizades que se criaram e que o destino fez perder. Culturas aprendidas, que a vida fez esquecer. Mas, nas mentes daqueles que viveram tais histórias, essas, ficaram como que tatuadas nas suas próprias vidas.


Trabalho realizado por: Francisco Martins Rodrigues 6.º Ano, Turma C, n.º 8

sexta-feira, 18 de março de 2011

Entrevista à minha avó


A minha professora de História e Geografia de Portugal pediu-nos para entrevistarmos um familiar ou conhecido que tenha vivido no período do Estado Novo e que tenha pertencido à “Mocidade Portuguesa”, uma organização juvenil com fins políticos. Nessa época, era de filiação e participação obrigatória para os jovens, por isso entrevistei a minha avó.

Identificação da entrevistada

Nome:
Ana Maria Vaz Pinto Vilaverde
Idade: 64 anos
Profissão: Aposentada da Função Pública
Residência: Murça

1) Pertenceu à Mocidade Portuguesa?

Sim, pertenci, tinha 13 ou 14 anos. Na altura vivia em Vila Real e fiz parte do núcleo da Mocidade Portuguesa naquela cidade. Existiam instalações próprias junto aos Bombeiros da Cruz Verde, onde reuníamos.

2) Chegou a usar farda? Consegue descrevê-la?


Sim, usei farda. Usávamos saia castanha, camisa verde com dois bolsos, meias verdes até ao joelho, sapatos pretos e uma boina castanha. Na camisa estava o emblema da Mocidade Portuguesa, com as cinco quinas da Bandeira Nacional.


3) Em que dias da semana se realizavam as actividades da Mocidade Portuguesa? O que faziam? Marcavam faltas?

Já não me lembro, mas sei que era obrigatório ir aos encontros da Mocidade Portuguesa.

4) Participou em alguma comemoração nacional?


Sim. Fomos a Lisboa receber o Presidente do Brasil, o Dr. Juscelino Kibitschek, em visita oficial ao nosso país. Estávamos todos em fila e acenávamos com bandeirinhas de Portugal. Também fazíamos férias todos juntos na Praia da Aguda. Aí reuniam-se elementos da Mocidade Portuguesa de todo o país.

5) Gostou de pertencer à Mocidade Portuguesa?

Sim. Na altura em que participei era muito nova e não tinha consciência do que, verdadeiramente, significava aquela organização. No entanto, como muitos jovens, pelo facto de ter pertencido à Mocidade Portuguesa tive oportunidade de gozar férias na praia e de fazer visitas a outras cidades. A Mocidade Portuguesa era uma estrutura muito organizada.

João Eduardo Vilaverde Lopes - 6º Ano

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Herói Milhões

Aníbal Augusto Milhais "o Milhões", ficou conhecido como o "soldado Milhões" na 1ª Guerra Mundial. Aníbal nasceu a 9 de Julho de 1895, em Valongo de Milhais, Concelho de Murça, em Trás-os-Montes e faleceu a 3 de Junho de 1970. Agricultor toda a vida, com excepção do tempo que fez dele um herói medalhado e celebrado.
Perante a obrigação de cumprir o serviço militar foi assentar praça em Bragança, passando de imediato para o Regimento de Infantaria 9, em Chaves, onde mostrou ser exímio especialista com o manejo de metralhadoras, evidenciando-se simultaneamente como aguerrido e cumpridor nos trabalhos mais arriscados. Em 23 de Maio de 1917 partiu para" a frente de combate" tendo sido integrado na 3ª Companhia do 1º Batalhão que rumou a terras gaulesas. Um ano depois, chegava o grande momento, " o da Batalha de la Lys", na Flandres. O dia preciso: 9 de Abril de 1918. Após a Infantaria alemã ter inundado de fogo e sangue os verdejantes campos de La Lys, o soldado Milhais, munido da sua metralhadora Lewis,(conhecida entre os lusos como a Luísa) e cheio de coragem, enfrentou sozinho, as colunas alemãs que se atravessaram no seu caminho, o que permitiu a retirada de vários soldados portugueses e ingleses para as posições defensivas da rectaguarda. Ainda não satisfeito com o seu acto de valentia, Aníbal Milhais manteve-se de vigia durante cinco dias à entrada de um canal em Huit Maisons.
Perante esta bravura, o seu comandante Ferreira do Amaral, abraçou-o e exclamou: " Tens o nome de Milhais mas vales Milhões!" Foi esta simples frase que o imortalizou na memória dos portugueses com os nomes de "Soldado Milhões" e "Herói Milhões".
Ainda em pleno campo de batalha, o bravo "Soldado Milhões" foi homenageado com algumas das mais altas condecorações que eram atribuídas aos maiores defensores da pátria: a "Ordem de Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito"e a "Cruz de Guerra de 1ª Classe".

Monumento ao Herói Milhões em Murça.

Pesquisa de Raquel Correia



Dia de S. Valentim

Os teus olhos brilham ao luar,
O teu cabelo desliza ao som do vento,
O meu amor por ti é profundo,
E és todo o meu Mundo.

Francisco Borges


És o meu amor
És uma bela rosa vermelha
Fazes o meu coração saltar
Como uma bela sereia a cantar.

Rafael Joaquim


O amor é lindo
mas quando é verdadeiro.
O mais bonito é sempre o primeiro!

Rui Sousa

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dia de S. Valentim

QUEBRA-CABEÇAS

SUDOKU

Era uma vez uma menina...


Era uma vez uma menina que adorava ir para sítios muito verdes e planos ao fim da tarde.
Todos os dias Matilde pedia a mãe para ir ao prado do pai no Alentejo.
Mas um dia, o pai de Matilde teve que vender o prado para sustentar a família.
Durante essa noite, Matilde chorou, chorou, chorou e chorou porque gostava muito daquele prado.
Ela ficava no quarto horas e horas, só saía para tomar o pequeno almoço, o almoço e o jantar.
No fim-de-semana seguinte, Matilde já nem se lembrava que o pai tinha vendido o prado, porque tinha um namorado e já saía à rua.
Esse namorado chamava-se Gonçalo, o seu tio também tinha um prado e eles iam sempre para lá ao fim da tarde para brincar.
Mas houve um dia especial, tudo brilhava, sentia-se a brisa do vento e parecia que se viam escorrer fios de sol por entre os ramos das oliveiras.
Quando Matilde chegou a casa, já parecia outra, parecia enfeitiçada, com um sorriso brilhante na cara e olhos igualmente brilhantes.

Vasco Gonçalves

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

AMIZADE

A amizade
É linda como uma canção
Nós todos juntos
Somos uma grande união.



A amizade
É como uma melodia
são várias pessoas
Que se abraçam dia-a-dia.



A amizade
É como uma flor
Tem que ser regada
E tratada com muito amor.



A amizade
É uma conquista
Acontece no sonho
E às vezes é realista.



A amizade
É maravilhosa
Com todos os amigos
Ela é melodiosa.


Rui Sousa

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Curiosidades

Ponte Dª Maria Pia Porto
Em Maio de 1875 foi aberto um concurso público internacional para a selecção da empresa construtora. Das quatro soluções, apresentadas pelas companhias francesas Eiffel et Ce, Fiver Liles e Batignolles e pela inglesa Medd, Wrightson & Co, foi seleccionada a proposta dos engenheiros Gustave Eiffel e Théophile Seyrig, considerada a mais económica e elegante.
De facto, o projecto de Eiffel, prevendo a construção de um tabuleiro horizontal ao nível da cota mais alta das margens, apoiado num enorme arco parabólico, revela uma especial atenção aos valores paisagísticos do Douro. O tabuleiro, com 354 metros de comprimento e 4,5 metros de largura, fica a 61 metros do nível das águas, assentando em seis pilares que apoiam sobre um arco com 160 metros de vão e 42,60 metros de flecha, formado por duas curvas parabólicas que no alto têm uma separação de dez metros. A construção foi adjudicada em 5 de Janeiro de 1876 e o contrato de dezoito meses. O inverno atrasou as obras que se fixaram em 22 meses, terminando em 30 de Outubro de 1877.
A ponte foi inaugurada em 4 de Novembro de 1877, com assistência do rei e da rainha que daria o nome à ponte. Esta estrutura manteve-se operacional até 1 de Junho de 1991 e permitiu concluir a ligação ferroviária entre o Porto e Lisboa que, na altura, terminava na estação das Devesas em Vila Nova de Gaia.


Diogo Nascimento




O Telégrafo em Portugal

Portugal foi um dos países do mundo pioneiros no telégrafo. As primeiras linhas de telégrafo a serem inauguradas foram as de entre o Terreiro do Paço e as Cortes e entre o Palácio das Necessidades e Sintra (onde a família Real portuguesa passava férias) logo em 1856. no final do século XIX já a extensão das linhas em Portugal ascendia a 8000 Km.
Nos anos 60 do século XIX, Lisboa já estava ligada por cabos submarinos a Londres, Gibraltar e Nova Iorque. A ligação por cabo submarino entre Lisboa e o Rio de Janeiro permitiu ao Rei Dom Luís I de Portugal enviar uma mensagem de "Feliz Natal" ao seu primo, o Imperador Dom Pedro II do Brasil.



Diogo Nascimento



O primeiro automóvel que circulou em Portugal

O primeiro automóvel que circulou em Portugal foi um Panhard & Levassor, em 1895, comprado pelo Conde de Avilez que depois de uma viagem a Paris, ficou entusiasmado com este novo meio de transporte e encomendou um exemplar à Casa Panhard & Levassor de Paris.
Várias peripécias marcaram a sua entrada em Portugal. Na Alfândega não sabiam qual a designação a atribuir ao objecto, se uma alfaia agrícola ou uma "locomobile" (máquina movida a vapor). Acabou por se optar pela última designação.
Este foi o veículo protagonista do primeiro acidente de viação em Portugal, quando na sua primeira viagem de Lisboa para Santiago do Cacém, atropelou um burro.
Este automóvel encontra-se actualmente em exposição no Museu da Alfândega na cidade do Porto e é propriedade do automóvel Clube de Portugal.


Eduardo Trigo

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Espaço da poesia


A Criança


A criança é uma flor


Que desabrocha no Universo,


A criança é alegria


Que corre pelos campos,


A criança é amor,


Amor que está dentro dos nossos corações.


A criança é como uma montanha russa,


Tem altos e baixos, porque ela é feliz mas às vezes também é triste.


Eu sou uma criança e sempre serei,


E o espírito de criança ficará comigo.


Sei que há pessoas que dizem que não têm espírito de criança,


Mas acredito, que essas pessoas têm o espírito de criança,


no fundo do coração.


Eduardo Trigo