quarta-feira, 4 de maio de 2011

Humberto Delgado

Humberto Delgado chegou ao mundo no dia 15 de Maio de 1906, em São Simão da Brogueira, Torres Novas, e foi no seu tempo, o mais novo e um dos mais brilhantes generais das Forças Armadas Portuguesas. No seu percurso militar teve uma magnífica carreira, cheia de incidentes e coberta de muita glória. Conviveu, quer com a chefia de Sidónio Pais, quer com a ditadura Salazarista que, mais tarde, o demitiria das Forças Armadas. Foi um extraordinário militar, astuto e exímio político e escritor. Frequentou o Colégio Militar, cujo curso concluiu em 1922, ingressando na Escola Militar, onde tirou os cursos de Artilharia de Campanha, em 1925; de Piloto-Aviador, em 1928 e de Estado-Maior, em 1936. Foi promovido ao posto de brigadeiro em 1946 e ao de general em 1947.
Foi um escritor de génio, dentro da sua convicção e no gosto que tinha na verdade e no perfeito cumprimento dos deveres como cidadão e como político. De entre os seus escritos, destacam-se os livros tão polémicos "Da pulhice do Homo Sapiens" e o "Manual da Legião Portuguesa".
Embora tivesse servido a Ditadura em alguns cargos, vindo da América, onde desempenhou o lugar de adido militar, opôs-se corajosamente à Ditadura e a Salazar, já que pela vivência e pelas fortes convicções se converteu à Democracia política e, nas eleições presidenciais de 1958, sendo general da aeronáutica se candidatou, pela oposição, tendo contestado os resultados eleitorais que, fraudulentamente, deram a vitória ao almirante Américo Tomás. Demitido das Forças Armadas encabeçou, no estrangeiro, o movimento de oposição ao governo português. Trabalhou muito no estrangeiro, no campo político e na tentativa de modificar as coisas no seu País. O exílio, porém, é do mais dramático que se pode viver e foi uma vítima de privações, de intolerâncias, de perseguições e, finalmente, de uma armadilha sabiamente montada pela PIDE, que o conduziu à fronteira portuguesa, perto de Badajoz, em Vila nova del Fresno, onde em 1965 foi assassinado, por ordem da Ditadura, assim como a sua fiel secretária, a brasileira Moreira Campos.

Pesquisa de Eduardo Trigo 6º ano

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