quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um país sem liberdade - Formação Cívica

UMA CIDADE ONDE NÃO HAVIA LIBERDADE…

Numa triste e enorme cidade do setentrião do planeta Notliberty não havia liberdade. Neste país seco e sombrio, perto do “Mar Nevoeiro” fixava-se uma pequena e modesta casa.

Nesta casa as paredes pintadas de negro, iluminadas pela pouca luz que, naquela vivenda havia, era reflectida na cara dos habitantes abatidos e descontentes com a sua cidade, chamada Finishtime. As jarras feitas de estanho combinavam com os armários castanhos de madeira lacada, sob os quadros minúsculos de fotos de burgueses e de reis, que exigiam que cada casa tivesse no seu interior pelo menos quinze quadros com fotos das pessoas de alta personalidade. Exigiam que quem tivesse quadros de pessoas parentes ou amigas os atirassem, da sua casa, pela janela mais alta.

Naquela casa, logo de manhã, levantavam-se três pessoas que criticavam o governo. Liam, imensas vezes por semana, as leis do governo com as quais não concordavam. Olhavam com desprezo para aquele pedaço de pergaminho que dizia:

“Todos os cidadãos de Finishtime não poderão ver vídeos que aumentem os seus conhecimentos, nem ler livros de aventura, infantis e juvenis.

Não poderão falar mal do governo, nem ousar roubar objectos de adorno de pessoas de alta personalidade. Ninguém poderá ter e usar computadores ou enciclopédias. As pessoas terão de pagar quinzenalmente 20 § (Finish – moeda do estado) ao Estado. Quem não cumprir estas leis será preso e torturado pela PPREF (Polícia Principal do Regime do Estado Finishtime). Lembramos que cada casa será confiscada bimensalmente.”

Só os amigos sabiam que estas pessoas estavam contra o regime da sua cidade.

Perto desta casa, andavam sempre bufos a tentarem escutar as conversas. Se descobrissem alguém a fazer manifestações contra o governo, e se dissessem à PPREF, eram condecorados com um grande diadema de prata, cobre, estanho e ouro.

Uma vez Zecas (criticava mais que todos o governo) foi ouvido gritar a plenos pulmões:

- O governo está errado. Que se vá embora.

Logo a PPREF apanhou-o, levou-o ao polícia real para ser ouvido pelo rei Manuel Victória de Nero.

Mal a PPREF abriu as portas para o Zecas entrar, rufaram tambores, tocaram pianos.

O rei bradou então:

- Como é que te atreves a criticar o governo? Terás de pagar uma multa de 300 §, mais o triplo do que pagavas de quinze em quinze dias. Mesmo assim, terás dez anos de prisão e só comerás duas vezes ao dia. Terás de cuidar todos os dias do jardim real e estarás isolado por grades de ferro num quadrado com 2 metros de lado.

- Mas não tenho 300 §. – Lamentou-se o Zecas.

- Então pagas 200 § e só comerás cevada, trigo, centeio, arroz e ovos.

- Mas ninguém se pode alimentar…

-Cala-te, se não pagas mais 20 §. – Interrompeu o rei.

- Quanta água beberei? Questionou o Zecas.

-Terás que contar 200 gotas de água por dia, mas só beberás o dobro de duzentas e cinquenta gotas por semana. Ao fim de 9 anos, se quiseres sair, terás de partir com as tuas próprias mãos a grade de ferro. – Disse o rei:

- para a cadeia. – Ordenou um membro da PPREF.

Todos os dias era a mesma coisa… Eram presos por dia, em média, 30 pessoas.

Não sabemos como, nem quando, nem quem vai travar este regime!...

Mas quando temos esperança, acreditamos que Newtown irá substituir Finishtime, recheada com os direitos de igualdade dos Homens.

Trabalho elaborado em Formação Cívica

Diogo Emanuel Sampaio Nascimento Turma + nº 6




1 comentário:

  1. Em nome do Blogue "Murça Terra de Encanto" felicitamos mais este espaço na Internet.
    Brevemente vamos noticiar o vosso blogue em:

    http://municipiodemurca.blogspot.com

    Murça uma Terra de Encanto que vale a pena descobrir...

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