sábado, 18 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Testemunho - A HISTÓRIA DO MEU AVÔ
"Quando, devido à situação económica do nosso País, oiço dizer que o que era preciso para “isto” endireitar era vir novamente o regime de Salazar, arrepio-me e penso logo que estas pessoas nunca tiveram familiares directos nas prisões, nessa época."
Quando lhe pergunto se o que sabe foi o meu avô que lhe contou, ela diz:
"Tudo o que sei, foi o que fui juntando de conversas que tinha com o meu pai, pois ele não gostava de falar do que se passou na prisão.
Sendo jovem idealista, curioso por saber tudo o que poderia existir no mundo, não tendo ido à tropa por falta de peso, depressa se juntou a um grupo de amigos que comungavam os mesmos ideais de justiça e igualdade. Em casa de um vizinho desenvolveu a primeira biblioteca de Murça. Clandestina, ela tinha os livros censurados pelo governo de Salazar. Era nessa casa que se lia e se fazia a troca de livros que nunca percebi como é que o meu pai os arranjava. Para entender melhor é preciso esclarecer que a maior parte do clero apoiava o regime e ajudavam o mesmo através de denúncias. Um dia, o meu pai estava em casa e aparece a PIDE. A casa é revistada e encontram o livro “A Mãe” do Máximo Gorki, escritor Russo, que só pela sua descendência já não podia ser lido nem divulgado. O meu pai foi levado preso e era-lhe exigido que denunciasse o dono do livro. O meu pai recusou sempre e, um dia, disse-me, “nunca o faria mas, mais a mais, o dono era casado e tinha filhos para criar”.
Quanto tempo esteve o meu avô na prisão? Perguntei-lhe.
"Durante um mês foi sujeito a várias situações mas uma que me conseguiu marcar foi quando me disse que os guardas apagavam as beatas dos cigarros nos pratos de arroz que eles tinham que comer. Como não conseguiram que denunciasse o dono do livro e devido às influências que o meu avô tinha na altura, ele foi libertado mas convidado a sair de Portugal. Foi nessa altura que ele arranjou uma carta de chamada e foi trabalhar para o cartório notarial de Luanda pois nesse tempo possuía o 5º Ano Comercial e Industrial. Como nunca gostou de se sentir preso entre quatro paredes, embarcou na aventura. Vai para Moçambique, onde foi um comerciante, criador de gado e cultivador de algodão".
Eu, como não percebi bem, perguntei-lhe por quem tinha sido ele denunciado.
"Ele foi denunciado por um Padre que sabia que o livro na posse do meu pai não era dele mas de um seu sobrinho".
A minha mãe informou-me, ainda, de que a Biblioteca Municipal possui a obra completa do Máximo Gorki, pois fez questão de doar os livros do meu avô para o grande sonho dele, que era Uma Biblioteca Pública em Murça. Segundo ela, o meu avô dizia que os livros nunca deveriam ficar muito tempo em casa de ninguém pois eles devem estar ao dispor da comunidade. Até à hora da sua morte, os livros e os jornais coabitavam com ele à sua mesa. Esta é uma das muitas recordações da minha mãe.
Francisco Borges - 6ºA
sexta-feira, 10 de junho de 2011
GRUPO DE MÚSICAS E CANTARES - 6º B
O grupo voltará a actuar no dia 17 de Junho, na quarta edição do festival da canção infantil do Concelho de Murça, pelas 21H00 , que se vai realizar na Praceta Banda Marcial de Murça, no Jardim de S. Miguel..
domingo, 15 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Militão Bessa Ribeiro
Nascido em Murça (Trás-os-Montes) em 13 de Agosto de 1896, Militão Bessa Ribeiro viveu os primeiros anos da sua actividade política no Brasil para onde emigrou com 13 anos de idade. Aí, foi militante do Partido Comunista Brasileiro, razão pela qual viria a ser expulso do país. Regressado a Portugal retomou a actividade revolucionária como membro do Partido Comunista Português.Foi preso pela primeira vez em 13 de Julho de 1934 e julgado e condenado pelo Tribunal Militar Especial a doze meses de prisão correccional. Em 8 de Junho de 1935, a cerca de um mês de terminar a pena a que fora condenado, foi deportado para Angra do Heroísmo. Ali permaneceu até 23 de Outubro de 1936 (muito para além do cumprimento da pena) data em que com Bento Gonçalves e Sérgio Vilarigues, entre outros - embarcou no navio Luanda com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal. Libertado em 15 de Julho de 1940 (cinco anos após ter cumprido a pena a que fora condenado) retomou a actividade partidária tendo participado activamente na reorganização de 1940/1941; processo que viria a ter profundas e positivas repercussões no funcionamento, na actividade e na influência do PCP. Por essa altura, Militão passa a integrar o Secretariado do Partido, o mais importante organismo de direcção então existente.Preso novamente em 22 de Novembro de 1942 é condenado a 4 anos de prisão e enviado, pela segunda vez, para o Campo da Morte Lenta. Permanece no Tarrafal até 16 de Novembro de 1945, altura em que é libertado por efeito da amnistia que Salazar foi forçado a conceder, cedendo à pressão exercida pelas forças democráticas na sequência da derrota do nazi-fascismo. Em 25 de Março de 1949 é preso, juntamente com Álvaro Cunhal e Sofia Ferreira, e enviado para a Penitenciária de Lisboa onde viria a morrer, em total isolamento e sujeito às mais bárbaras e desumanas condições. Na primeira página do Avante! de Janeiro de 1950 (VI Série Nº 146) podia ler-se: «Mais um crime do governo Salazarista! Mataram Militão Ribeiro! Que todo o povo proteste contra mais este crime!».A notícia, para além de informar que «Militão Ribeiro morreu, depois duma lenta agonia, numa cela sem ar e sem luz da Penitenciária de Lisboa, no passado 3 de Janeiro» - e sublinhando que «o nome de Militão vai juntar-se aos de Bento Gonçalves, Alfredo Dinis, Alfredo Caldeira, Manuel Vieira Tomé, Ferreira Soares, Ferreira Marquês, Germano Vidigal, Mário Castelhano e dezenas e dezenas de outras vítimas do fascismo português» - descrevia as condições que conduziram à morte do dirigente comunista: os espancamentos e as torturas, a alimentação imprópria, a ausência de assistência médica. O Avante! transcrevia, ainda, uma das duas cartas dirigidas ao Partido que Militão conseguira fazer sair da prisão, a última das quais escrita com o seu próprio sangue.Trata-se de dois documentos impressionantes, testemunhos eloquentes da brutalidade fascista, testemunhos vibrantes da firmeza e da coragem heróica do militante comunista Militão Ribeiro.«Tenho sofrido o que um ser humano pode sofrer. Mas (...) nunca deixei de ter fé na nossa causa. Sei que venceremos contra todos estes crimes, estou certo que o povo saberá fazer justiça. Na polícia recusei-me a fazer declarações sobre o Partido. Desde sempre mantive a disposição de dar a vida pelo Partido, em todas as circunstâncias, assim como agora andou duma forma horrível e cheia de sofrimentos. Mesmo já quase um cadáver ainda foi esbofeteado por um agente (...)Tenho confiança que sabereis vencer todos os obstáculos e levar o povo à vitória, mantendo essa disciplina e controle severo de uns sobre os outros, em trabalho colectivo, como vínhamos fazendo e aperfeiçoando. Felizes os que vêm novos ao Partido e o encontram a trabalhar assim muito teria para dizer, mas as forças faltam-me. Fiz tudo o que pude pelo Partido, bem ou mal, foi sempre julgando que fazia o melhor. Adeus para todos com um abraço fraternal. Longa vida, longa liberdade, boa saúde e bom trabalho. Avante até à vitória final.»E, escrito com o próprio sangue: «Que a minha morte traga novos combatentes à luta. Viva o Partido Comunista!».
Pesquisa de Eduardo Trigo, 6º ano
Humberto Delgado
terça-feira, 5 de abril de 2011
Testemunho da guerra colonial
sexta-feira, 18 de março de 2011
Entrevista à minha avó
Identificação da entrevistada
Nome: Ana Maria Vaz Pinto Vilaverde
Idade: 64 anos
Profissão: Aposentada da Função Pública
Residência: Murça
1) Pertenceu à Mocidade Portuguesa?
2) Chegou a usar farda? Consegue descrevê-la?
Sim, usei farda. Usávamos saia castanha, camisa verde com dois bolsos, meias verdes até ao joelho, sapatos pretos e uma boina castanha. Na camisa estava o emblema da Mocidade Portuguesa, com as cinco quinas da Bandeira Nacional.
3) Em que dias da semana se realizavam as actividades da Mocidade Portuguesa? O que faziam? Marcavam faltas?
Já não me lembro, mas sei que era obrigatório ir aos encontros da Mocidade Portuguesa.
4) Participou em alguma comemoração nacional?
5) Gostou de pertencer à Mocidade Portuguesa?
João Eduardo Vilaverde Lopes - 6º Ano
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O Herói Milhões
Perante a obrigação de cumprir o serviço militar foi assentar praça em Bragança, passando de imediato para o Regimento de Infantaria 9, em Chaves, onde mostrou ser exímio especialista com o manejo de metralhadoras, evidenciando-se simultaneamente como aguerrido e cumpridor nos trabalhos mais arriscados. Em 23 de Maio de 1917 partiu para" a frente de combate" tendo sido integrado na 3ª Companhia do 1º Batalhão que rumou a terras gaulesas. Um ano depois, chegava o grande momento, " o da Batalha de la Lys", na Flandres. O dia preciso: 9 de Abril de 1918. Após a Infantaria alemã ter inundado de fogo e sangue os verdejantes campos de La Lys, o soldado Milhais, munido da sua metralhadora Lewis,(conhecida entre os lusos como a Luísa) e cheio de coragem, enfrentou sozinho, as colunas alemãs que se atravessaram no seu caminho, o que permitiu a retirada de vários soldados portugueses e ingleses para as posições defensivas da rectaguarda. Ainda não satisfeito com o seu acto de valentia, Aníbal Milhais manteve-se de vigia durante cinco dias à entrada de um canal em Huit Maisons.
Monumento ao Herói Milhões em Murça.
Pesquisa de Raquel Correia
Dia de S. Valentim
O teu cabelo desliza ao som do vento,
O meu amor por ti é profundo,
E és todo o meu Mundo.
Francisco Borges
És o meu amor
És uma bela rosa vermelha
Fazes o meu coração saltar
Como uma bela sereia a cantar.
Rafael Joaquim
O amor é lindo
mas quando é verdadeiro.
O mais bonito é sempre o primeiro!
Rui Sousa
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Era uma vez uma menina...
Todos os dias Matilde pedia a mãe para ir ao prado do pai no Alentejo.
Mas um dia, o pai de Matilde teve que vender o prado para sustentar a família.
Durante essa noite, Matilde chorou, chorou, chorou e chorou porque gostava muito daquele prado.
Ela ficava no quarto horas e horas, só saía para tomar o pequeno almoço, o almoço e o jantar.
No fim-de-semana seguinte, Matilde já nem se lembrava que o pai tinha vendido o prado, porque tinha um namorado e já saía à rua.
Esse namorado chamava-se Gonçalo, o seu tio também tinha um prado e eles iam sempre para lá ao fim da tarde para brincar.
Mas houve um dia especial, tudo brilhava, sentia-se a brisa do vento e parecia que se viam escorrer fios de sol por entre os ramos das oliveiras.
Quando Matilde chegou a casa, já parecia outra, parecia enfeitiçada, com um sorriso brilhante na cara e olhos igualmente brilhantes.
Vasco Gonçalves
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A amizade
É linda como uma canção
Nós todos juntos
Somos uma grande união.
A amizade
É como uma melodia
são várias pessoas
Que se abraçam dia-a-dia.
A amizade
É como uma flor
Tem que ser regada
E tratada com muito amor.
A amizade
É uma conquista
Acontece no sonho
E às vezes é realista.
A amizade
É maravilhosa
Com todos os amigos
Ela é melodiosa.
Rui Sousa
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Curiosidades
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Espaço da poesia
A Criança
A criança é uma flor
Eduardo Trigo